Enquanto avança, no Congresso Nacional, a tramitação das reformas Trabalhista e da Previdência Social, em todo o país o movimento sindical se mobiliza contra estas medidas. Elas são uma grave ameaça aos direitos da população, e representam um retrocesso de décadas.
Em Limeira, o cenário de luta não está sendo diferente. Neste 15 e março, entidades sindicais e de representação dos aposentados se reuniram na Praça Toledo Barros, em protesto contra as reformas. Ao grupo de sindicatos ligados à USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira), se uniram as entidades ligadas aos guardas civis municipais, servidores municipais, aos bancários, trabalhadores da saúde, químicos e professores.
Foi um dia de união jamais visto na história de Limeira. Sindicatos com características de luta diferentes, demonstraram sua prioridade na defesa do trabalhador e formaram uma grande frente contrária às medidas do governo Temer. É mais um passo da importante caminhada da Frente Municipal em Defesa dos Direitos Previdenciários, Trabalhistas e Sociais, criada no seio da USTL e que já ocupou a Tribuna da Câmara de Limeira no início do mês.
Só pela mobilização o movimento sindical poderá mostrar à população o quão nocivas são as reformas. No caso da previdenciária e sua idade mínima de 65 anos para aposentadoria, serão penalizadas sobremaneira as mulheres em sua dupla jornada. Condenados à morte os trabalhadores rurais, cuja lida diária pesada dificilmente permite gozar a vida depois dos 65 anos. E o que dizer da obrigatoriedade de 49 anos de trabalho para o recebimento do salário integral? Talvez seja a maior das crueldades da reforma da Previdência.
No caso da Reforma Trabalhista, o Capital ganhará passe-livre para a exploração. Ao negociar sobre o legislado, colocará em risco direitos fundamentais, que hoje garantem o bem estar do trabalhador. O que dizer então, da jornada de trabalho de 12 horas diárias? Vamos viver apenas para trabalhar?
O pior de tudo é que os argumentos do governo são mentirosos. Sabemos que a Previdência Social só é deficitária por conta dos grandes devedores, e dos desvios de recursos praticados. No caso da Trabalhista, a mentira é que, ao flexibilizar a jornada e os direitos, vamos criar empregos. A população precisa saber que tais argumentos são do Capital, argumentos que o governo covarde quer empurrar goela abaixo do trabalhador brasileiro.
Nós, do movimento sindical, vamos lutar até o último momento, até a última votação. Acreditamos que estar propostas vão mudar, negativamente, a história dos direitos sociais no país, para os anos futuros. Nossos netos não nos perdoarão se desistirmos da batalha agora. Os comerciários de Limeira e região, sob as bandeiras do Sinecol, Fecomerciarios e UGT, liderados pelo presidente Motta, estarão sempre atentos e firmes na luta. E venceremos!
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